A saúde mental deve fazer parte das estratégias das empresas. Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, o Burnout tem se tornado cada vez mais comum. A síndrome, que diz de um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, passou a ser tratada como uma doença ocupacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2022.
Se antes a exaustão e o estresse preocupavam as organizações pela ausência de engajamento, baixa produtividade ou a perda de funcionários, agora o Burnout ganha mais uma condição de risco jurídico e financeiro. Segundo Ana Maria Rossi, psicóloga e presidente da Isma-BR (Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse, na sigla em inglês), a mudança na classificação trará mais embasamento jurídico e legitimidade nas reclamações de funcionários que sofrem com a doença.
Ainda, de acordo com a especialista, pessoas com burnout e estresse trabalham em média cinco horas a menos por semana. Diante destes fatores, é possível entender que a síndrome de burnout não é um problema individual, mas também da empresa.
A saúde mental já devia fazer parte das estratégias das empresas, mas diante da mudança posta pela OMS, as empresas precisam redobrar os cuidados com a saúde mental dos colaboradores. É importante não partir de ações isoladas, esta atenção deve estar inserida nos valores da cultura da empresa e disseminada constantemente em todas as suas condutas.
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5 dicas para fortalecer uma cultura organizacional que valorize a saúde mental dos funcionários
- Respeito ao horário de trabalho: Nem tudo deve ser tratado como exceção. É preciso respeitar a jornada de trabalho dos colaboradores. Alguns casos excepcionais podem acontecer, que demandem contato, no entanto, devem ser evitados.
- Benefícios de bem-estar: Revisitar e trazer benefícios corporativos ligados à saúde física e mental, como apoio em terapias, consultas médicas, redes de academia, entre outros, são muito bem-vindos.
- Ações de cuidado à saúde mental: Promover palestras com temas de cuidado, espaços de descanso na empresa, promoção de momentos de lazer no trabalho, vivências de yoga e meditação, são algumas opções de ações para serem promovidas de forma constante na organização.
- Alta gestão e lideranças engajadas: Os líderes têm grande impacto na disseminação dos valores de uma empresa, e o cuidado com a saúde mental não é diferente. Eles precisam ser guardiões deste valor e cascatear a seus liderados em suas condutas.
- Comunicação interna como aliada: dificilmente uma culturalmente será disseminada, entendida e respeitada sem comunicação. Dessa forma, a comunicação interna deve atuar em conjunto valorizando as ações de cuidado à saúde mental da empresa e apoiando as lideranças em seus posicionamentos.
Sobre a autora
Dani Moreira é Especialista em Comunicação Interna e Endomarketing e Embaixadora da Marca Prodtool.
Pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing com extensão na Universidade de Coimbra em Portugal.
Atua há 9 anos com Comunicação e já passou pelos setores de varejo, mídia, tecnologia e educação.